"Educar em função das situações actuais, significa educar em função das situações futuras"

Prof. Doutor Avelino Bento

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Fantoches

A Ana Cristina e a Ligia aprentaram um espetáculo de Dedoches (Fantoches de dedos)! A personagem principal era o Peixe Riscas, que não se lavava... Saibam o que aconteceu!



Peixe Riscas Verde

Certo dia, no mar grande e azul, depois de uma noite agitada e muitas ondas, acordou o rei do mar, o polvo, e recomendou ao cavalo marinho:
- Amigo cavalo, estou cansado e preciso dormir um pouco. Tome conta do mar e não o deixe ficar sem brilho.
O Cavalo-marinho levantou-se sem demora. Bateu palmas e chamou todos os seus amigos.
- Depressa, amiguinhos, dizia ele. Depressa! Lavem-se ligeiro e escovem-se para brilharem bastante. Lembrem-se de que temos que tornar nosso mar azul e brilhante!
Os animas do mar apareceram correndo e todos, muito alegres, começaram a lavar-se e a escovar-se. E, coisa maravilhosa, `a medida que se limpavam, brilhavam cada vez mais. E como ficavam lindos!
Todas não: havia um que estava feio, ainda muito sujo! Era o peixinho riscas verde.
O Cavalo-marinho logo que o viu, falou zangado:
- Vem cá, Riscas Verde. Como é que estás assim tão sujo, tão cheio de limos?
O Riscas Verde estremeceu de medo e respondeu atrapalhado:
- É que ontem eu estava a brincar, a escorregar nas rochas e fiquei cheio de limos...
- Ontem? Que vergonha! Então dormis-te assim? Não faças mais isso! E limpa-te depressa, que estás muito atrasado.
O riscas saiu ligeiro de perto do cavalo marinho e, enquanto andava, resmungava:
- Não gosto de me lavar! Não gosto de me escovar! Não quero andar limpo!
- Não digas tal coisa! Disse-lhe o amigo caranguejo. Não sabes, então, que quando estamos limpinhos o nosso brilho é visto do céu? A estas horas todas as estrelinhas devem estar a olhar para nós, achando nosso mar lindo!
Mas, nem assim o Riscas quis ficar limpo e fugiu depressa, toda sujo, tentando esconder-se do Cavalo-marinho.
Escureceu mais ainda e o mar reluzia. No entanto, havia um cantinho escuro onde nada brilhava. Era o lugar do peixinho Riscas Verde, lá estava ele, mas tão sujo, que ninguém podia ver. E assim estava o mar, quando no meio da noite, apareceu o caranguejo gritando:
- Vem ai uma grande corrente!
- Depressa, depressa! Falou o Cavalo-marinho. Agarrem-se bem ás rochas para não serem levados.
E os animais muito nervosos, corriam de um lado para o outro lá até encontrarem um sitio onde se agarrarem.
o cavalo marinho contou-os .Faltava um! Quem será?..O riscas Verde!
Onde estaria ele? O cuidadoso Cavalo-marinho olhou para uma lado e para o outro. Nada! Não via coisa alguma
Então suspirou muito triste, procurando agarrar-se á rocha. Lá, no cantinho escuro do mar estava o Riscas, com muito medo da corrente. Ele não queria ser levado pela forte corrente, mas não conseguia ver o caminho para voltar para sua casa.
- Ah! Se o Cavalo-marinho me visse, ele me viria buscar! Dizia, chorando. Mas, assim como estou sujo, ninguém me vê! Nunca mais eu ficarei sujo, nunca mais!
Nisto aconteceu uma coisa maravilhosa! Enquanto ele chorava, lágrimas foram escorregando pelo seu rosto, lavando-o. E começou a brilhar e seu brilho foi se espalhando pelo mar. Do lugar onde estava, o Cavalo-marinho viu aquelas riscas e todo contente e, gritou bem alto:
- Vem, riscas, aqui está uma rocha gigante! Corre a corrente vem a caminho!
O riscas, ouvindo a voz do Cavalo-marinho, olhou e viu a rocha grande iluminada agora pelo seu brilho verdinho. Correu depressa e escondeu-se bem escondidinho. E corrente passou e levou tudo. Enquanto a corrente passava, o Riscas foi depressa tomar banho e escovar-se para que brilhasse como os outros amiguinhos.
Quando a corrente parou, o Riscas saiu correndo de trás da rocha grande. E lá no céu, as estrelas comentavam que o mar estava lindo!
Logo todos os animais foram saindo de trás da rocha e espalharam-se no mar, brilhando cada uma em seu lugar.
Porém, entre todos, o Riscas chamava a atenção, pelo seu brilho diferente, de linda cor verde.
E, desde esse dia em diante, logo que se levantava, o Riscas dizia:
- Limpinho eu sou. E com razão. Pois gosto da água. E do sabão!