"Educar em função das situações actuais, significa educar em função das situações futuras"

Prof. Doutor Avelino Bento

terça-feira, 13 de maio de 2008

Justificação do Projecto

Pretendemos com este projecto desenvolver e promover tanto as capacidades fisicas e motoras, como as intelectuais e psicológicas, quer das crianças, quer da comunidade de Arronches.Pretendemos também a socialização entre os diversos participantes deste projecto.Consideramos importantes e relevantes este tipo de projectos já que estes podem e devem abranger todas as vertentes da Animação Sócio-cultural, nunca esquecendo o papel fundamental do animador sócio-cultural, visto que na realidade é um importante agente de desenvolvimento.É também de salientar a importância que este projecto tem, tanto para o desenvolvimento das crianças e da comunidade, como para a própria vila de Arronches. Com este projecto tentaremos proporcionar um dia diferente, animado e dinâmico para todos.

Caracterização do Agrupamento de Escolas


Em 1977, a vila de Arronches viu nascer a primeira escola preparatória do concelho. Estava sediada na velha Igreja do Espírito Santo, que também já fora Albergue dos Inválidos do Trabalho. Sem condições, mas com intenções, ali se receberam as primeiras turmas de alunos vindos do concelho e das freguesias vizinhas.
Posteriormente é concebido o projecto da que viria a ser a Escola C+S de Arronches. Quando em 1990/91 consentiu em "unir os três ciclos sob o mesmo tecto", apelidaram-na de Escola Básica Integrada de Arronches. Sete anos mais tarde seria a sede de um Agrupamento "novo" , mas onde a maturidade e a irreverência da adolescência conviviam lado a lado. Hoje, o Agrupamento de Escolas e Jardins de Infância do concelho de Arronches – serve uma população desde a Pré-Escolar ao nono ano de escolaridade.

"O Chaminha!
Esta mascote pretende representar uma pequena chama que simboliza o sol do Alentejo, o brilho da nossa escola e ainda a vivacidade das crianças e jovens que a frequentam. Tive presente o nome da nossa escola e a luz da sua padroeira, pretendendo, também, representar as Línguas, as Ciências e as artes através do lápis e do pincel. As cores vivas traduzem alegria e a “chaminha” que existe dentro de cada um de nós para conseguirmos sucesso e atingir os nossos ideais.
"

Autora: Sandra Romão 2000/2001

Localização Geografica

Localização Geografica

Situado no Alto Alentejo este distrito é composto por uma população de 126.960 habitantes. O concelho de Arronches tem de área 315 Km2 e localiza-se numa zona de transição entre a Serra de São Mamede e a planície. A zona Norte, agreste e montanhosa, faz parte do Parque Natural de São Mamede. A zona sul situa-se na planície sendo os seus dois principais recursos hidráulicos naturais, a ribeira de Arronches e a Ribeira do Caia, as quais confluem perto da vila, formando o Rio Caia. O Concelho de Arronches apresenta uma fauna rica e variada, sendo algumas espécies de aves únicas no país, como é o caso do bufo-real, águia de Bonelli, o melro de água, o grifo e o abutre negro. As espécies de mamíferos selvagens mais comuns são o javali e o morcego. A fauna piscívora varia entre a carpa, o barbo e a boga.
As espécies autóctones da flora local que predominam são o Carvalho, a Azinheira e o Sobreiro. O montado, entremeado de pastos, é ainda fonte de alimento para as varas de porcos pretos abundantes nesta região.O castanheiro, a oliveira e o pinheiro bravo, embora abundantes na região, foram espécies introduzidas posteriormente.

História de Arronches

História de Arronches





Arronches é uma vila do nordeste alentejano, soalheira, branca e risonha. Não há notícia certa da sua origem, mas pensa-se que no tempo de Caio Calígula, alguns habitantes da vila de Aroche, na Andaluzia, fundaram aqui uma povoação à qual deram o nome de Aroche, em memória da sua terra. A palavra Aroche por corrupção veio dar Arronches. No reinado de D. Afonso Henriques, D. Teotónio, prior de Stª Cruz de Coimbra, tomou-a aos mouros. Tornou a cair no poder dos árabes e foi retomada por D. Sancho II em 1235. Foi novamente tomada pelos mouros, até que em 1242 D. Paio Peres Correia a tornou definitivamente portuguesa. Camões, refere estes factos, nos Lusíadas:

Um sacerdote vê, brandindo a espada
Contra Arronches, que toma, por vingança
De Leiria, que de antes, foi tomada
Por quem por Mafamede enresta a lança:
É Teotónio prior(...)
Passado já algum tempo, que passada
Era esta grão victória, o rei subido
A tomar vai Leiria, que tomada
Fora, mui pouco havia, do vencido.
Com esta a forte Arronches sojugada
Foi juntamente; e o sempre enobrecido
Scabelicastro, cujo campo ameno
Tu, claro Tejo, regas tão sereno.

A primeira carta de foral da vila foi concedida por D. Afonso III em 16/06/1255. Esta carta foi confirmada foral novo por D. Manuel I em 1 de Julho de 1512... Anteriormente, já D. Afonso V, havia convocado cortes em Arronches, em Abril de 1475. Foi igualmente forte praça de guerra, com boa cerca de muralhas. A última investida foi em 1661, quando os castelhanos tentaram apoderar-se da vila. Conta a lenda que os espanhóis puseram uma escada para subir à torre, mas nunca conseguiram, pois a escada era empurrada por mão invisível; era Nª Sr.ª da Luz que a empurrava, não permitindo que os espanhóis roubassem o estandarte português. Durante as lutas liberais sobressaiu o papel desta vila. Perto das suas muralhas houve um combate em que foram derrotadas as tropas miguelistas. Anos mais tarde, D. Carlos escolhia a serenidade desta mesma vila, para cenário das caçadas reais tanto a seu gosto.

Arronches viria a ser um local de fortes tradições democráticas, um "baluarte glorioso e formidável do republicanismo alentejano", como diria Teófilo Júnior, notável professor aqui nascido. Um dos acontecimentos marcantes na vida política de Arronches, seria o grande comício organizado pelo Partido Republicano, a 7 de Agosto de 1910, com a presença de Bernardino Machado e que reuniu 4000 pessoas. Quando a República foi proclamada, Teófilo Júnior, jovem republicano arronchense, juntamente com outro estudante, Barradas Tenório, proclamam o novo regime de uma das janelas dos Paços do Concelho, onde foi içada a primeira bandeira da República. Da 1ª República aos dias de hoje, os anos que passaram, foram marcados pelos grandes acontecimentos nacionais ou internacionais, vividos em todo o país. A primeira e segundas guerras mundiais, a guerra civil espanhola e a guerra em África também marcaram as nossas gentes... Tratando-se de uma vila raiana, a guerra civil espanhola foi palco para actividades de contrabando ( café, açúcar, cereais, ovos ...). O contrabando de amores acabou por unir dois povos que esvaneceram rivalidades ao longo da fronteira. Apesar destas vicissitudes, Arronches viveu tempos áureos no que concerne ao comércio e indústria, nomeadamente no período pós-guerra (década de 50). As minas de cobre, cujos veios teimam em sangrar nos nossos dias, foram semente de desenvolvimento, que marcaram uma época. As moagens, os ferreiros, os oleiros e fábricas de tijolo e telha deram nome a famílias como Morais, Marouços, Bigares... Esta prosperidade foi efémera.

Participantes

Participantes

Os participantes a quem se dirige o projecto são crianças dos 6-16 anos (Arronches e das freguesias de Barulho e Esperança) e também toda a comunidade que tenha interesse em participar.